Las Noches.

Die Nächte

Saio enquanto ainda chove, acendo um cigarro e me lanço. Uma vez no jogo tudo muda, deixa de importar o dia após, aguardando pra vomitar os problemas antes de acordar.

Os copos dançam na mesa molhada, trocando de mãos conforme o álcool cumpre seu papel. A luz do isqueiro paraguaio, a brasa do cigarro barato, e o fluxo contínuo da bebida.
Na roda, o artista inicia o ritual, seguido dos colaboradores e entusiastas, passando um por um, conhecendo a singularidade personificada, porta da sublevação.
Uma vez terminado, retorna ao teu lugar e aproveita.
Aceita que é temporário e abraça pelo momento.

E no cinza da manhã sobra o enjôo, dois dedos de bebida e três cigarros no maço, mas nem consigo me importar.

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