Relógio de Bolso.

Sentei à beira da praia
E comecei a chorar
Não por sofrer
Mas pela falta de amar

Pedi apoio e recebi
Por um ombro amigo
Quando só enchergava solidão
Alguém me estendeu a mão

Olhei as horas
Aquelas que custam à passar
Quando o peito aperta
Quando a dor desperta

E desabafei, olhando as ondas
Infinitas e incansáveis
Lutando contra as pedras no caminho
Sem alcançar meus pés

E ao final eu vi
Tudo aquilo que me destrói
Cada medo e receio
Todo aspecto que me corrói

Deixarei de olhar as horas
Esperando que passem logo
Não mais olhar a vida correr
Nem esperar pra morrer

Vou deixar no criado-mudo
Meus vícios e medos
Andarei apenas com o brilho no olho
E somente uma lembrança
Do meu velho relógio de bolso.

Um comentário:

Lígia Fernandes disse...

Olá, gostei do blog tb!
Mas como assim não dá pra me seguir? As pessoas seguem normalmente...
Estranho, rs