Poeta.

Um dos filhos do privilégio
Um pequeno Cardeal
Aguardava em minha rua
Com suas almas

Enquanto a agulha entrava
E o veneno se espalhava
Ele fumava um cigarro
Esperando pelo pior

Uma overdose de otimismo
O cegou na solidão
Não pode esperar o fim
Mas sempre foi assim

No frio e na fome
Ele aguardava a redenção
No tempo certo
Sem pressa

Ninguém imaginava tal final
Com o copo na mão
Fez um brinde à vida

Terminou a cerveja
Foi para casa dormir
Feliz pelos amigos
Feliz pelas drogas

Mais uma vida falsa
Mais um poema na contagem
Menos um cigarro no maço
Agora não sei mais o que faço.

2 comentários:

Lara Sousa disse...

que poema lindo,mostras exatamente teu interno.parabéns!adoro visitar aqui.
;*

Sujeito Oculto disse...

"Mais uma vida falsa
Mais um poema na contagem
Menos um cigarro no maço
Agora não sei mais o que faço."

Sem mais...