Polaroid's.

A beleza do doentio
O pesadelo real
Não consegue se esquivar
Quer apenas amar

Beijos e carícias
O que há de errado?
Siga seus instintos
É o prazer
É ser amado

Plástico
Couro
Pele
Lábios

Agora
Não consegue mais parar
Perdeu-se
Na ânsia do tocar

Tens nada a perder
A não ser o momento
Se parar agora
Voltará ao relento

Sempre esteve sozinho
Nunca foi apreciado
Qual o problema no estranho?
Um momento inesperado

O normal não basta
Precisa do bizarro
Do diferente
Acompanhado de um cigarro

No final não há sentimento
Nem memórias
Devorou tudo
E de nada adiantou
Pois não sabe aproveitar
O que nunca experimentou

Agora retorne ao teu lugar
Onde ninguém pode ver
Sente aí e espere
Até a próxima aparecer

E ali continua ele
Resumindo-se ao inorgânico
Afinal, o que pode fazer?
Não passa de um maníaco.

A monotonia do padrão.

Um comentário:

Laís Thalles disse...

Padrão...moral..mediocridade...sociedade, cabe tudo na palma da mão.