Eu moro em uma casinha de madeira, que fica perto de um lago. Moro ali desde que me lembro e nunca saí de lá, mas gosto do lago, principalmente nas minhas noites em claro.
Mas o que eu mais gosto é do meu jardim. Ali, eu cultivo sonhos, amores e desamores. No meu pequeno campo infinito eu tenho tudo, ao passo de que não há nada. Minhas memórias eu deixo ao luar, minha tristeza fica lado a lado com a alegria, o humor balança com o vento e o sorriso brilha com o orvalho.
E bem no meio tem um Lírio vermelho e uma Rosa azul, são o grande contraste, a obra prima. Lembro de dormir e encontrá-los ali no dia seguinte, bem no centro. Gosto de olhar para eles, são como dois pedaços de algúem, um completa o outro. São tão unidos, tão perfeitos. É como se fossem rei e rainha, lado a lado, ali, onde nada se tinha.
E passo meus dias aqui, olhando-os.
Meu coração e minha alma, juntos, onde meu corpo descança.
Um comentário:
Como sempre
lindo,como são todos seus textos
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